Empregando de forma concreta sua missão, que é “atuar com soluções ambientais na sobrevivência humana, convictos de que onde houver água, haverá vida” e fazendo jus ao jeito Bakof de Ser, o qual engloba a presença da empresa na comunidade onde está inserida, a Bakof Tec resolveu sentir na pele o que os nordestinos vivem.
Engajada com o projeto Água para Todos desde 2014, a Bakof Tec tem ciência de sua responsabilidade social e de como seus produtos e soluções inovadoras podem impactar, de forma positiva, na vida e no cotidiano das pessoas. Para isso, resolveu conhecer a realidade do povo nordestino, colher informações e transformá-las em um documentário, intitulado “Onde há água, há vida”
Apesar da escassez de água e das frequentes e intensas secas que assolam boa parte do Nordeste brasileiro, os nordestinos não perdem a fé na vida e a esperança de dias melhores. Não há dúvidas que os sertanejos fazem jus à garra e à coragem e, além disso, são considerados um povo batalhador, acolhedor e que, acima de tudo, preza pela riqueza e cultura de seus respectivos Estados.
Composto por nove Estados – Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte e Sergipe – a região Nordeste possui extensão territorial de mais de 1 milhão de quilômetros quadrados e, conforme dados do Censo Demográfico de 2010, realizado pelo IBGE, mais de 53 milhões de habitantes formam a população nordestina. Destas, mais de 20 milhões de pessoas convivem, diariamente, com a distância, com o racionamento de água e com a seca.
No entanto, os nordestinos procuram estar de bem com a vida e, acima de tudo, buscam viver o dia a dia com um sorriso no rosto. E, não é à toa que eles têm uma cultura muito diversificada, que é composta por elementos indígenas, dos escravos africanos e dos imigrantes europeus. Entre os festejos populares do Nordeste, podem ser citados o carnaval – evento mais famoso da região Nordeste –, festas juninas, festejos de bumba meu boi, capoeira – introduzida no Brasil pelos escravos africanos –, Reisado – manifestação cultural trazida pelos colonizadores portugueses –, frevo, maracatu, afoxé e Festa de Iemanjá. Outro elemento cultural de suma importância no Nordeste são os artesanatos. A variedade de produtos artesanais na região é imensa. Além disso, a culinária nordestina também é diversificada e nela se destacam os temperos fortes e as comidas apimentadas.
Instituído pelo Decreto nº 7.535, de 26 de julho de 2011, o Água para Todos é um programa integrante do Plano Brasil Sem Miséria, proposto pelo Ministério da Integração Nacional, do governo federal. O Brasil Sem Miséria agrega três eixos de atuação: transferência de renda, acesso a serviços públicos e inclusão produtiva.
Inserido no segundo eixo de atuação encontra-se o Programa Nacional de Universalização do Acesso e Uso da Água – Água para Todos – destinado a promover a univer salização do acesso à água em territórios rurais, tanto para consumo humano quanto para a produção agrícola e alimentar. O Água para Todos tem prioridade de atendimento às famílias que vivem em vulnerabilidade social, inscritas no Cadastro Social Único (CadÚnico) do governo federal.
Embora seja de abrangência nacional, o programa Água para Todos teve início no Semiárido da região Nordeste e do Norte de Minas Gerais e tem priorizado essas áreas, onde se concentra o maior número de famílias de baixa renda. Essa população tem sido atendida, especialmente, com cisternas de consumo, de polietileno.
A instalação de cisternas é de extrema importância para garantir uma vida mais digna para as pessoas. E, pensando nisso, em 2014 a Bakof Tec engajou-se ao Água para Todos. Neste período, foram instaladas mais de 10 mil cisternas de consumo, em uma área de mais de mil quilô metros quadrados, transformando a vida de cerca de 40 mil pessoas.
O Sertão Nordestino, caracterizado por sua rica cultura e por seu povo batalhador, sofre com a escassez da água. Enquanto que, para algumas pessoas a água passa despercebida dentro de canos e torneiras, para outras, o recurso natural finito é uma riqueza. Apesar de a seca ser histórica, frequente e intensa na região, o nordestino insiste em não se acomodar e luta a cada dia por um pouquinho de água, que para eles trata-se do ouro do Sertão.
E, é devido a essa batalha diária, de muitas gerações, que pouco a pouco os sertanejos vão conquistando uma vida mais digna. Graças à chegada da cisterna de consumo e de sua praticidade e instalação, estas pessoas podem desfrutar de momentos no seu dia a dia que antes eram substituídos por longas jornadas na busca da água.
Seu Raimundo, de 62 anos, ao lembrar do passado, conta que às vezes não dormia direito pensando no outro dia, pois tinha que acordar cedo e buscar água a quilômetros de casa com uma carroça.
Atualmente, se sente orgulhoso de ter a água praticamente dentro de sua casa.
“Com essa cisterna agora está bom
demais. Está uma beleza, porque
tem água dentro de casa
para manter o dia”.
Raimundo Neto dos Santos
agricultor
Dona Antônia, 48 anos, conta que buscava água do jeito que dava. Um dia com animal, outro com “baldinhos” na cabeça e por isso perdia muito tempo do seu dia para ajudar o esposo no sustento financeiro da família de 7 filhos
Hoje ela ganha este sustento de uma forma mais cômoda, trabalha artesanalmente em sua casa, na localidade de Picada, com a produção de chapéus de palha, que vende para uma fábrica na cidade de Senador Sá - CE
“A água é a da melhor que
tem em casa. Ficamos alegres.
A gente já estava esperando
há muito tempo”
Antonia Brais de Souza
dona de casa
Citronho, como gosta de ser chamado seu Antonio, de 53 anos, vive da agricultura e da criação de cabras.
Lembra que quando a escassez de água é grande, as cabras ficam em volta da cisterna, pois, segundo ele, os animais sentem o “cheiro” da água.
Seu Antonio vive com a esperança de dias melhores para a sua criação e produção rural. Com a cisterna, entretanto, a luta ficou mais amena.
“A gente planta e fica uma esperança de
olhando para o céu, todo o dia,
esperando que caia uma chuva”
Antonio Caçula Almeida
agricultor
Com 58 anos de idade e mãe de 10 filhos, dona Maria do Socorro lembra da época que muitas vezes, depois de sair de madrugada para buscar água em cacimbas, não encontrava mais nada, pois a quantia de água era insuficiente para tantas pessoas que iam até o local abastecer os seus baldes no distrito de Telhas.
Com a cisterna em casa, dona Maria pode aproveitar o seu tempo para outros afazeres e um pouco de lazer.
“Agora botaram aqui as
caixas, né. Fiquei alegre”.
Maria do Socorro Martins Ferreira
dona de casa
Edimar, de 43 anos, lembra que a dificuldade era grande, pois tinha que pegar água longe para cozinhar, lavar e tomar banho.
Conta que quando viu a cisterna chegando não conteve a emoção.
“Hoje com essa cisterna melhorou
demais. Está bom mesmo.
Quando eu vi a cisterna fiquei
muito alegre e agora estou alegre
demais com a água”.
Edimar Fernandes de Menezes
agricultor
Seu José, de 48 anos, tem 7 filhos e é morador do município de Senador Sá, a cerca de 300 quilômetros da capital Fortaleza – CE.
Lembra que quando criava suínos tinha água de um pequeno açude perto de sua casa, no qual buscava água para seu rebanho. Devido a escassez, no entanto, perdeu todos os animais.
Agora, com a cisterna em sua casa, o sonho de seu José é iniciar novamente a sua criação.
“Agora esse ano se Deus quiser
a gente vai ver se começa
de novo, já tem um santo inverno,
aí chegou uma santa cisterna.
Ave Maria, quando a cisterna chegou
foi uma bênção de Deus”.
José do Nascimento
suinocultor
O agricultor Antonio, de 50 anos, conta que devido à distância, tinha que acordar por volta das 3h30min da madrugada para buscar água com um jumento. Só assim sobrava tempo para ir trabalhar e garantir o sustento da família em Corgo das Telhas, em Acaraú – CE.
Segundo ele, com a cisterna, a vida melhorou 100%.
“Com a ajuda dessa caixa, a
vida melhorou 100%.
Água potável para a gente beber.
Ave Maria, está bom demais”
Antonio Zilmar Vasconcelos
agricultor
Seu José é exemplo de nordestino que não desiste nunca. Ele acorda todos os dias de madrugada e percorre cerca de 14 quilômetros até a lavoura, onde é empregado rural.
Quando retorna para casa, por volta das 19 horas, caminha mais 2 quilômetros para buscar água para beber, para as tarefas domésticas de sua esposa, que convive com problemas de visão e para os animais que cria para seu próprio sustento nos fundos de sua casinha de taipa.
José sonha com a chegada da cisterna, pois acredita que ela iria mudar a sua rotina.
“Só posso sorrir quando vier a cisterna,
se eu sorrir já vão achar que eu tô bem.
Tem que ficar aguardando e queria muito que viesse,
que vai me ajudar muito, com certeza”.
José Barra da Silva
agricultor
A jovem dona de casa Maria, de 32 anos e 2 filhos, lembra que tinha que acordar às 6 horas da manhã para buscar água em uma cacimba, com balde na cabeça e, em outras ocasiões, lavar roupa nas margens de açudes da localidade de Santa Fé, no município de Acaraú – CE.
“E agora com essa cisterna ficou bem melhor, né. A água fica perto de casa, guardada. Agora está bom. Tem água na cisterna e agora melhorou. É muito boa”
“Com essa cisterna agora está bom
demais. Está uma beleza, porque
tem água dentro de casa
para manter o dia”.
Maria Lediane dos Santos
dona de casa
“A questão da serra,
mais por ser uma região de difícil acesso
a cisterna de placa não chega lá. Então
com a cisterna de polietileno foi, assim,
a grande alegria daquela região”.
Antonio Pinheiro Soares
Presidente do Comitê Gestor do Programa
Água para Todos – Região Crateús (CE)
“Existe uma aceitação
muito grande até porque mesmo quando
ela chegou aqui, as pessoas não conheciam
esse tipo de cisterna, mas pela histó-
ria de saber que isso já funciona em outros
países.”
Laucimar Gomes Loiola
Diretor L.G. Planejamento – Parceiro Bakof Tec Ceará
“A cisterna de polietileno
foi uma surpresa muito boa. É algo
que a gente tem montado com certo
grau de facilidade e que tem conseguido
chegar até a comunidade numa
rapidez e numa velocidade do que a
sede realmente solicita.”
Edmilson Correia de Vasconcelos Jr.
Proprietário Edmil Construções S/A – Parceiro Bakof Tec Ceará
“Nós fizemos recentemente
5 anos de seca no Estado do
Ceará e as cisternas significaram muito
para a manutenção do homem do
campo na sua terra, no seu espaço de
vida, no seu espaço de produção.”
Francisco José Teixeira
Secretário do Desenvolvimento Agrário
“Através da cisterna ele
pode guardar a sua água, a água da chuva
ou até mesmo de carro-pipa, mas uma
água de qualidade.”
Lailton Gomes Loiola
Sócio L.G. Planejamentos
“Certamente foi Tauá o
primeiro município do Brasil a universalizar
o sistema de cisternas de polietileno”.
Patrícia Aguiar
Prefeita de Tauá (CE), gestão 2012 a 2016